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domingo, 12 de outubro de 2008

PISO SALARIAL PARA PROFESSORES DA REDE PÚBLICA

Manifesto

Movimento Educação Já


Professor Neiff Satte Alam,
pelo Movimento Educação Já

No dia 17 de julho deste ano foi sancionado pelo Presidente da República o Projeto de Lei do Senador Cristovam Buarque que, mais do que um simples passo em busca da dignidade do Professor, constitui-se em um forte suporte para que o caminho de uma política pública séria e duradoura na área da educação comece a se delinear, pois determina um piso salarial nacional para os professores da rede pública de ensino – União, Estados e Municípios.
Apesar desta conquista, teremos que lutar contra as rejeições a este significativo avanço dos movimentos educacionais que buscam vencimentos mais justos àqueles que são os responsáveis pela construção do conhecimento e das competências de todos os cidadãos brasileiros. Nada mais justo que permitir a milhões de brasileiros, de forma direta, e a todos os demais, de forma indireta, acesso ao saber, única forma de atingir a cidadania plena.
Embora o valor inicial para 40h seja considerado por muitos como pequeno, mesmo que vá beneficiar 75% (!) dos atuais professores das diferentes redes públicas, passa a ser um marco para discussões salariais futuras, que terão que ser discutidas por professores de todo o país, isto é, federalizamos a luta por melhores salários ao mesmo tempo em que se possibilita a distribuição dos bons professores em todas as regiões do país, mesmo aquelas que, com as políticas atuais, não eram atraentes aos melhores profissionais.
Não podemos aceitar recusas dos atuais governantes, a qualquer pretexto, de aplicarem esta lei, pois estariam ratificando, se assim agissem, seu “descompromisso” com a Educação e com os Educadores, principalmente pelo fato de que Educação não é despesa, mas investimento, pois é uma ponte que permite o cidadão atravessar os rios da ignorância em direção a melhores oportunidades de vida e que possa usufruir de sua cidadania com dignidade.
Mesmo os professores das redes particulares de ensino terão vantagens com a aplicação do piso nacional de salários para a rede pública, pois, desencadeada a competição pelos melhores docentes, o piso dos professores particulares não poderá ser inferior ao existente na rede pública. Uma competição saudável, que terá como maior beneficiário o estudante, pois os professores buscarão aperfeiçoar seu trabalho e, com melhores salários, poderão fazê-lo com maior facilidade.
O “Movimento Educação Já” considera este avanço como uma porta que se abre para novas conquistas na área da educação e lutará para que nenhum retrocesso ocorra. Para isto contamos com o maior exército brasileiro, formado por educadores e educacionistas e que conta com uma poderosa arma: o conhecimento!