Neiff Satte Alam
Vamos nos fixar em um pensamento de Edgar Morin: “...o ensino deve voltar a ser não apenas uma função, uma especialização, uma profissão, mas também uma tarefa de saúde pública: uma missão.”
Nesta missão devemos pautar pelo desejo de transmitir com competência e com arte. Nesta arte de ensinar com competência existem condições indispensáveis como o desejo e o prazer de transmitir e o amor pelos alunos que se revela quando há amor pelo conhecimento.
Nós, professores, sujeitos deste processo de construção de uma nova visão educacional, temos que buscar nos erros e acertos acontecidos nas últimas jornadas os caminhos para enfrentar o novo ano letivo que se avizinha.
Embora cada professor tenha sua identidade própria, suas características de personalidade que o auxilia na elaboração e execução de seu trabalho , é no trabalho em conjunto, de forma colaborativa e cooperativa que alcançará sucesso; na discussão, como uma reflexão pensada, é que irá tirar os argumentos necessários para evoluir em suas teses e em seu trabalho missionário.
Pode parecer difícil, mas o professor tem que andar a frente de seu tempo; tem que valorizar o saber, que não nos torna melhores, mas pode ajudar a nos tornarmos melhores, se não mais felizes, e nos ensinar a assumir a parte mais prosaica e viver a parte poética de nossas vidas.
Professores! Educar e ensinar: tarefas tão iguais e ao mesmo tempo tão diferentes, esta é a nossa missão.
A educação favorece a autonomia do espírito: a missão do didatismo é encorajar o autodidatismo, isto é, é mais do que simplesmente formação do ser humano, enquanto que ensino tem um sentido mais restrito, cognitivo, pois envolve a arte ou ação de transmitir conhecimento a um aluno.
Nesta nossa missão, dentro de uma nova visão, mais adequada à visão pós-moderna, devemos procurar um ensino educativo.
O que pretendemos? Se iniciamos nossa reflexão com Morin, nada mais justo que concluir com suas palavras relativas a um dos pontos essenciais na missão de ensinar: “...preparar as mentes para enfrentar as incertezas que não param de aumentar, levando-as não somente a descobrirem a história incerta e aleatória do Universo, da vida,da humanidade, mas também promovendo nelas a inteligência estratégica e a aposta em um mundo melhor.”
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