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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O FUTURO É UMA ESCOLHA DE CAMINHOS.

Neiff Satte Alam

Por enquanto, a imprensa não parece sensibilizada para o debate sobre uma possível convergência entre regular o sistema financeiro internacional, desobstruir os fluxo do comércio mundial e ao mesmo tempo estabelecer um modelo de criação de riqueza que considere mais valiosa uma árvore em pé do que estendida na carroceria de um caminhão. (Jornalista Luciano Martins Costa – Observatório de Imprensa)

A preocupação obstinada de alguns governantes e empresários em utilizar o máximo do ambiente para desenvolver o agro-negócio, ignorando a instabilidade resultante desta extrema utilização e se despreocupando com as conseqüências do desequilíbrio do meio, cujas seqüelas poderão inviabilizar a continuidade desta utilização pela simples falta de percepção de que sustentabilidade é o mesmo que permitir um futuro sadio para próximas gerações e o contrário seria o caos resultante da destruição do capital natural para beneficiar o capital criado.
Não é correto sinalizar-se a impossibilidade de desenvolvimento em nome de uma mínima preservação ambiental. A incorreção se dá pelo simples fato de que os desmandos ambientais, causados pelos fantásticos impactos não mitigados, poderão deixar como herança um ambiente estéril, improdutivo e povoado pela pobreza.
É urgente que se organize e implante uma política pública que harmonize desenvolvimento e preservação do ambiente, preservação que permita sempre uma recuperação do equilíbrio dos ecossistemas envolvidos.
As seqüelas, para os menos avisados, destes desencontros entre desenvolvimento e preservação são as ampliações de situações ainda controláveis, como aquecimento global, destruição do solo por aceleração da desertificação, redução de flora e fauna que constituem a biodiversidade dos biomas mais atingidos e conseqüente alteração do ecoclima, redução das áreas de produção de alimento, necessidade de importação de insumos (adubo, inseticida, máquinas mais sofisticadas) para resolver os problemas causados pelo mau uso do solo.
A obstinação dos governantes, empresários do agro-negócio, pequenos produtores rurais e dos consumidores potenciais do que se produz no meio rural deve ter como alvo uma produção sustentável, sem serem atraídos pelo “canto das sereias” que desviam a rota de nossos interesses para os interesses dos megaempreendimentos que visam exclusivamente lucro e ignoram os interesses sociais e a melhor satisfação das populações que produzem esta riqueza. Não podemos ficar reféns destas megaempresas que se movimentam de forma virtual no mundo globalizado das transações econômicas e que, num piscar de olhos, mudam o seu norte e, sem o mínimo pudor, deslocam suas atenções para outros quadrantes do planeta.
Olhar o ambiente por entre as frestas dos cifrões pode ser a diferença entre ter e não ter futuro. Os governantes de hoje tem esta responsabilidade com as gerações futuras, decepcioná-las não é o melhor e nem o mais inteligente caminho...