Neiff Satte Alam[*]
“Em
um mundo cada vez mais globalizado, utilizar as novas tecnologias de forma
integrada ao projeto pedagógico é uma maneira de se aproximar da geração que
está nos bancos escolares”. Elisângela
Fernandes, Revista Nova Escola/junho 2010.
É urgente o ingresso na sala de aula das Tecnologias de
Informação e Comunicação (TICs). Mais urgente ainda é a preparação dos
professores para enfrentarem os desafios destas novas tecnologias, pois há que
se entender uma necessária mudança de visão sobre “como” e “o quê” ensinar.
A sala de aula assumiu a dimensão do
Universo, não há mais limites, pois o espaço cibernético associou-se
definitivamente ao espaço do pensamento universal, a noosfera. Texto e
hipertexto conectados, sem dar lugar aos vícios de uma visão linear que
compromete a contextualização.
O ensino presencial deverá dar lugar a um
ensino semi-presencial. As aulas à distância, mesmo que em tempo real, deverão
ser incluídas no projeto político pedagógico e se apropriar das facilidades de
busca de informação dos sites que tem esta finalidade, mas sempre com o cuidado
de uma analise crítica sobre as fontes destas informações.
É responsabilidade dos sistemas de ensino promover
uma formação qualificada dos professores e especialistas em educação, pois se
faz necessária uma construção de competência destes profissionais (formação
inicial e continuada) para que não fiquem reféns da internet, principalmente
dos sites de busca que, em muitos casos, são alimentados sem muito cuidado e/ou
responsabilidade.
Cabe aos professores esta tarefa de fazer
bom uso do ciberespaço para que se transforme em aliado e não em inimigo, que
sejam úteis na construção do conhecimento e não mais um problema na difícil
missão de ensinar.
Computadores de mesa, notebooks,IPads,
IPods, Tablets, telefones celulares e outras tantas tecnologias associadas a
projetores, televisores etc., estão disponíveis em grande parte de nossas
escolas, mas ainda não foram suficientemente inseridas no cotidiano escolar e
muito menos nos procedimentos pedagógicos da grande maioria de nossas escolas,
ao ponto de não se dar falta destes equipamentos se repentinamente
desaparecerem.
As escolas deverão formar suas redes
próprias e conectarem entre si e com a rede mundial formando, desta maneira,
uma grande teia onde alunos, professores e gestores em educação possam absorver
todas as vantagens proporcionadas pelo ciberespaço na disponibilização de
informações destas novas tecnologias, pois o volume de conhecimento a ser
aprendido só terá a possibilidade de absorção desta forma.
As redes sociais deverão, então, competir
com as redes educacionais, de forma equilibrada e positiva havendo, com
certeza, crescimento de ambas e por consequência dos alunos, os grandes
beneficiados de uma gestão firme e identificados com o aprendizado em um mundo
sem fronteiras para o conhecimento.