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domingo, 17 de abril de 2011

“Dossieologia”, uma fábrica de maldades!

NEIFF SATTE ALAM
“Dossieologia”, uma nova ciência que toma corpo e se amplia anualmente pelo Brasil todo.Para os que não conhecem esta ciência, devo explicar que se trata de uma atividade de produção de dossiês contra os pretendentes a cargos em qualquer esfera pública (Município, Estado ou União). É mais ou menos como aquela história dos caranguejos dentro de um barril: “ uma grande quantidade de caranguejos é colocada dentro de um barril sem tampa e nenhum consegue sair, pois os de baixo puxam os de cima cada vez que algum caranguejo se aproximar da borda do barril”. Os dossieólogos funcionam assim, até entre eles!
A produção deste material se dá em fábricas localizadas nos emaranhados de esgotos cloacais e os “dossieólogos”, pseudo bem informados, são como ratazanas que, mal amadas, com uma reduzida autoestima e providos de poucos neurônios que têm suas ramificações enredadas e mal distribuídas, ficam fermentando inveja e raiva contra qualquer pessoa de bem que venha a ser pensada para algum cargo de confiança.
Dizem que todos os governantes têm um arquivo somente de dossiês encaminhados por estes indivíduos. Ninguém sabe como é que chegam, mas pode-se imaginar estas ratazanas dossieólogas saindo para as valetas, sarjetas e canais de escoamento à noite e, através de serviçais “laranjas”, promovendo a farta distribuição de seu trabalho sujo e que nada contribui para desenvolvimento e melhoria das condições de vida de nossa cidade.
Quando estranhamos que nossos políticos são barrados, podemos ter certeza que, junto com os currículos, chegarão estes tais de dossiês, aliás, uma prática utilizada, no passado pelo ACM, líder baiano, com sua famosa “pasta Cor-de-rosa” cujo interior continha um dossiê que nunca foi aberto ou conhecido, mas funcionou como arma de um político mau caráter, pelo menos nesta ação. Ainda tem “Aloprados”, Arapongas, etc...
Pessoas de bem, que são muitas em nossa cidade, discutindo e comentando esta situação, iniciaram um exercício mental de contenção a estes produtos da dossieologia em franca proliferação. Várias propostas foram levantadas: a mais simples seria ignorar, mas como ignorar a presença fétida destes indivíduos? Como, não os reconhecendo, deixa-los impunes e livres para seguirem com suas maldades? Esta proposta ficou prejudicada; utilizar o mesmo veneno foi argumentado por um dos componentes do grupo, mas, fazer o mesmo, colocar-nos-ia no mesmo patamar do dossieólogo e, de qualquer forma, não fazia parte da índole e do caráter dos componentes do grupo esta forma de agir; a terceira proposta pareceu a mais adequada, não lembro bem quem teve esta brilhante idéia, mas teve a aceitação unânime, teríamos que fazer uma “vaquinha” para juntar uma “grana” que fosse o suficiente para comprar uma passagem de ida, somente de ida, para o Iraque, mais precisamente Bagdá, e propor um curso de pós-graduação em dossieologia a um dos dossieólogos que pudéssemos identificar ( não podemos esquecer que estes atuam nos esgotos e somente saem às ruas na calada da noite). A tese de conclusão do curso seria a montagem de um dossiê contra os xiitas e encaminhado aos sunitas e outra contra os sunitas e enviada aos xiitas. A expectativa é que o nosso pós-graduado, ao defender sua tese, com louvor, recebesse um fraternal abraço de um iraquiano enrolado em dinamites, segundos antes de explodir.
O dossieólogo não sobreviveria, mas teríamos a certeza que seu cérebro não seria doado a ninguém e que seu aprendizado teria o fim que merece.
Mas, como os dossieólogos não existem, isto tudo é uma brincadeira, ninguém ficará ofendido ou se sentirá atingido, a não ser que...